INTRODUÇÃO: O tratamento de lesões de bifurcação com implante de stent único no vaso principal e stent provisional no ramo lateral pode ser limitado pelo grau de complexidade anatômica/morfológica da lesão. A pré-dilatação do ramo lateral, um passo do procedimento geralmente evitado, pode ser necessária para manter a patência do ramo lateral. Investigamos o impacto da pré-dilatação do ramo lateral nos resultados imediatos de intervenção coronária percutânea em lesões de bifurcação coronária complexas. MÉTODOS: Entre maio de 2008 e agosto de 2009, 59 pacientes com lesão de bifurcação coronária única e comprometimento significativo de vaso principal e ramo lateral foram incluídos no estudo. Os principais critérios de exclusão foram: envolvimento do tronco de coronária esquerda, infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (< 72 horas) e reestenose intrastent. RESULTADOS: A média de idade foi de 61,2 ± 11 anos, 25,4% eram do sexo feminino e 30,1% tinham diabetes. As lesões mais frequentemente se localizaram em artéria descendente anterior/ramo diagonal (86,4%). Durante o procedimento, 8,5% (5/59) das lesões tiveram pré-dilatação do ramo lateral sem sucesso, e 4 dessas bifurcações foram tratadas com 2 stents. No modelo multivariado, a estenose do ramo lateral no pré-procedimento foi o único preditor significativo de pré-dilatação sem sucesso do ramo lateral (odds ratio 1,15, intervalo de confiança de 95% 1,01-1,30; P = 0,04), e estenose > 87,6% no ramo lateral foi identificada na curva ROC como valor de corte com maior acurácia para predizer o insucesso. CONCLUSÕES: A pré-dilatação do ramo lateral esteve associada a falência imediata do ramo lateral em < 10% dos casos e o único preditor significativo na análise multivariada foi a gravidade da estenose (> 85%) no ramo lateral no pré-procedimento.
BACKGROUND: The treatment of coronary bifurcation lesions with single stenting in the main vessel and provisional side branch stenting may be limited by the degree of anatomical/morphological complexity. Side branch predilation, a procedural step usually avoided, may be required to maintain side branch patency. We investigated the impact of side branch predilation on the immediate results of percutaneous coronary intervention in complex coronary bifurcation lesions. METHODS: Between May 2008 and August 2009, 59 patients with single coronary bifurcation lesions with significant involvement of the main and side branches were included in the study. The main exclusion criteria were: involvement of the left main coronary artery, ST-elevation acute myocardial infarction (< 72 hours) and in-stent restenosis. RESULTS: Mean age was 61.2 ± 11 years, 25.4% were female and 30.1% had diabetes mellitus. Lesions were most prevalent in the left anterior descending artery/diagonal branch (86.4%). During procedure, 8.5% (5/59) of lesions had unsuccessful side branch predilation, and 4 of these bifurcations were treated with 2 stents. In the multivariate model, side branch stenosis at baseline was the only significant predictor of unsuccessful side branch predilation (odds ratio 1.15, 95% confidence interval 1.01-1.30; P = 0.04), and side branch stenosis > 87.6% was identified as the most accurate cut-off value to predict failure in the ROC curve. CONCLUSIONS: Side branch predilation was associated with immediate side branch failure in < 10% of cases, and the only significant predictor in the multivariate model was the severity of side branch stenosis (> 85%) at baseline.